terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Merry Christmas, I don't want to fight tonight


"Merry Christmas, I don't want to fight tonight
Merry Christmas, I don't want to fight tonight
Merry Christmas, I don't want to fight tonight with you"

Você pode encontrar sabedoria nas letras dos Ramones se quiser. O natal ja passou. Apertem os cintos, turbulência. Detesto essa época do ano, por "N" motivos e mais uns que não cabem aqui. O natal é um dia como qualquer outro, eleito pelo povo para as pessoas tentarem sorrir, tudo aquilo que não sorriram no ano inteiro, acho que essa é minha melhor definição natalina. De saco cheio desta época de festas.

De uns tempos para cá, não peço um porsche, não peço um videogame ou uma bicicleta, peço apenas uma coisa tão simples que talvez pelo meu próprio gênio seja uma coisa simplesmente dificil de arrumar, pois não vende em potinho. Paz.

É engraçado eu ja estou batendo nessa tecla desde antes do natal, na verdade desde antes deste ano.

O que me faz lembrar de que joguei imagem e ação...sem imagem, afinal no meu grupo só tinha pessoas que desenhavam e o restante achou injusto."Quem disse que a vida é justa?". Mas me lembro neste instante de uma mímica que foi feita nesse dia de natal.

"Essa é para todos?"

"É"

Mímica e um monte de gente dando palpites juntos. E o tempo correndo.

"humm...castigo?

Mímica. E o tempo correndo.

"Hummm...pique esconde?"

Mímica, e o tempo cabia ainda dentro de um minuto.

"Quarentena?" E talvez o tempo coubesse dentro de um potinho.

"Quarentena?"

...É eu acertei.

Imagem e ação. Um jogo de tabuleiro. Mas refletindo melhor eu deveria aprender a ficar em quarentena esperando o natal passar, o calendário virar e o ano novo chegar. E as pessoas não sentirem-se mais obrigadas a sorrir, mas sorrir por vontade.

Mas nossa gente algo que eu preciso dizer, eu realmente me diverti jogando imagem e ação, mesmo sem caneta e papel.

Engraçado como o natal e as festas me lembram uma certa pessoa. " E ai tem tido notícias?"... Tem gente que podia calar a boca e não me perguntar nada na fila do mercado. O que será que esperava que eu respondesse? Talvez uma resposta natalina e familiar. Hohoho e eu aqui de saco cheio.

Juro que eu queria hibernar e esperar as festas passarem.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um raio de sol depois da chuva

Choveu bastante. Tempestades. Inundações. Metrópole e carros congestionados.

Acabei indo buscar o guarda-chuvas, girasol e sonhos. E tentando cortar o horizonte em estrada, na menor rota possivel. Destino. Ribeirão.

"Só temos passagem as seis e meia, mas o rápido tem para as cinco horas"

Rápido, e o céu devora o sol aos poucos na estrada, e ao cair da noite que demora chegar dá para notar as nuvens como naves de gás e os tons de prussia, e ultramar se misturam com o vermelho que desaparece.

E a estrada desaparece aos poucos, pois ela não importa tanto quanto o destino, onde quero chegar. Buscando raios de sol entre as nuvens. Cada vez mais longe de sampa. Meu lugar é onde meu coração está, pelo menos as horas de angustia trancafiadas em escritorio valeram a pena a espera.

"Você anda um ogro ultimamente"

Engraçado, contra a verdade não há argumentos. Mas eu to tentando mudar, porque eu quero, porque vale a pena, estou tão cansado de guerras, mentais, pessoais, reflexivas, de todos os tipos. Eu quero paz, e um raio de sol depois da chuva.

Amo você Louise.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Enquanto isso no Universo Paralelo dos Guarda Chuvas...


Galeria do rock. Passagem. Presente. Chuva em São Paulo e eu aqui cada vez mais, tendo certeza que snorkel e pé de pato são dois itens indispensáveis para morar nesta metrópole. Mas também preciso de guarda chuvas e vou buscar.

"Vem me buscar"

É vou sim nem que seja navegando. Nem que seja em Londres. Férias chegando e eu feliz da vida. Até que tranquilo 2009 tem sido um ano bacana. Trechos de frases soltas no tempo. Memória.

Desenhos do pequeno príncipe. Alguém dorme e nem desconfia do contar das horas sorridentes. Tic tac. Universo em movimento. Cosmos. Espaço. E asteróides, não podemos esquecer deles é claro. Ludicos e desenhados. Vestido de peça de teatro.

"Acho que é a sua cara...se você tivesse me mostrado antes"

"Não era para ser meu"

"Era sim, ja estou até te vendo vestido nele"

Dorme. Sonha. Tempo. E os guarda chuvas dançam faça sol ou não. Fragmentos de tempo. Flash de sorriso digital. Deu até vontade de desenhar um carneirinho hoje quando acordei. Mas acho que não sou muito bom em desenhar carneirinhos.

"Queria ter ido na exposição, é só até domingo"

Desenha. Pinta. Espera. O tempo não para e corre em sua direção. Estrada. E preciso chegar em Londres. E tudo isso caros leitores só faz sentido para mim que conheço o universo paralelo dos guarda chuhvas, não tão bem quanto gostaria, mas tento hehehe.

"Minha amiga parece essa atriz"

"Ela é bonita"

"Ela é estranha hehe"

O B612. E as horas indo em sua direção. O universo é só uma engrenagem estranha. O tempo... bom o tempo uma ilusão de memória. Só existe mesmo o hoje. E hoje eu quero estar no universo paralelo dos guarda-chuvas, nem que seja nadando. Neste exato instante. Agora.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O dobrar das horas


Horas dobram. Se quebram ao tic tac "Tictaquear". Universos em miniatura. Laboratório. Química. Eu não sinto a menor afinidade pelo permanganato de potássio. Conferindo horas, conferindo tabelas, concentração. "Não pense" "Não pare".

Talvez seja apenas o quarto homem da máquina agindo. Engrenagens, girando. Verificando fornecedores. Preenchendo tabelas. Periódicas. O meu tempo contado em períodos. Expediente. Quando seu corpo está em um lugar, sua alma em outro e sua mente em outro, decomposto. Solvente. Mexendo com produtos químicos, assimilando os símbolos das caixas. Adaptando.

Mas eu não sinto a menor simpatia pelo Metanol ou carbonato de estrôncio. Ja trabalhei com tanta coisa, ja viajei para tantos lugares, nao tanto quanto os que eu queria. Mas enquanto meu corpo trabalha, minha alma divaga e minha mente viaja nas horas.

"Qual a porcentagem do IPI?"

Dobrando as horas, o tempo, e eu sem sono, sinto sempre tão pouco sono. Não gosto de trabalhos onde eu permaneça estático, estagnação é minha pior inimiga. E enquanto o mecanismo move e verifica e preenche tabelas e orçamentos. Eu penso demais. Filosofar demais é problemático.

É as horas dobram, mas em qual sentido afinal? Neste brincar de palavras, neste brincar de retratos em frente aos meus olhos. Eldorado não está lá, nem tampouco passárgada. é pura brincadeira.

"Bem que eu queria estar falando sobre Tolkien agora" E o erlenmeyer se não fosse apenas um frasco de vidro talvez sorriria irônico para mim.

Tic tac tempo. Todos os dominós tombaram, segunda etapa, o silêncio. Nada de tambores agora, e eu posso ouvir os meus batimentos cardíacos, organismo, interligado, operacional e pensante.

Risca, pinta e projeta e a historia em quadrinhos toma forma, em quadros e compactos. Derretendo as horas jogadas dentro de um Kitazato.

"E o que fazer agora?"

"Não se preocupe. Eu sempre tenho um plano" E assim mensagens sao engarrafadas, decantadas, solvidas e sublimadas. Escritório. Tic tac. Relógio. Parede. Monitor. E eu sentado, organizando calado. Sem quebra-cabeças ou dominós.

Súbito algo de bom bombardeia o horizonte químico do meu cotidiano. É hora de abandonar os frascos, galões e tambores e trabalhar com algo pelo qual eu tenho não apenas afinidade ou simpatia, mas sim pura sintonia, eu não sei para o que o universo conspira, mas se ele nao conspirar, conspiro eu por ele, eu detesto a sensação de estagnar. É hora de sair do monitor. Meus agradecimentos especiais á Alexander Graham Bell, mesmo meu telefone sendo uma bosta.

"E ai quando eu começo?"

Está na hora de dobrar as horas. E eu estou muito feliz com isso.

Veni, vidi, vici. Atrás de cada horizonte, meus caros, se esconde uma aurora. A noite é apenas a noite. E que venham os leões.

"Honra e glória a todos os javalis" 4 ever.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Eu, eu mesmo e ...eu mesmo.


Engraçado ja estive aqui antes, neste exato momento, neste exato ponto. Ponto final. Ponto de interrogação. Ponto, pronto. Exclamação!

Pior que tentar entender o ser humano é entender a si proprio, ainda mais quando esse "si próprio" sou eu. Francamente. Mas quer saber? Eu tenho realmente parafusos a menos, da mesma forma que os tem os outros seis bilhões ( e a contagem crescendo) dos demais humanos deste planeta, isso inclui você ai me lendo, você mesmo que para mim nem tem rosto, ou talvez tenha.

Estou com projetos bacanas escrevendo , voltando a fazer quadrinhos, pintando, mas por mais que eu escreva ou cubra de tintas uma tela, é complicado ser eu mesmo, estava lendo esses dias o Tao Te Ching e formulando coisas na minha cabeça, mas especificamente o poema 20 " o aparente fracasso do homem espiritual". Sei la minha reação ao ler foi um riso perdido entre um "putz" e algo como um "haha", nao saberia definir exatamente. Mas me deu vontade de perguntar a mesma coisa para varias pessoas diferentes. Varias mesmo. A mim inclusive.

"Valeu a pena?"

São tantas inquietudes as quais busco respostas, tem horas que eu pareço um cão caçando o próprio rabo. E se um dia , por um dia eu fosse um cão, a primeira coisa que faria era perguntar à outro cachorro, "Ei cara, qual a graça de correr atrás da própria cauda" talvez ele me respondesse "Se manca cara! Acorda você também é um cão! Sua besta!"

Devaneios a parte vou continuar aqui com minhas pulgas pensando no poema 20. Sozinho com minha própria mente que me prega algumas peças. Tem horas que eu penso demais sabe leitor? E é dentro da minha mente que a ebulição acontece. Como diria Muttley "Medalha!Medalha! Medalha!" de certa forma fiz a boa ação do dia. Embora não pretenda contar a vocês qual foi. É eu acho que eu preciso de uma camisa nova hauahuhaa a de força.

É só por hoje eu queria ser o Muttley. ^^

sábado, 12 de dezembro de 2009

A difícil arte de entender o ser humano.




Sinceramente é um verdadeiro mistério, o ser humano. É como chegar numa pizzaria pedir pizza, o garçon dizer que não tem pizza praticamente aos gritos, você pede outra coisa e ele além de tudo vem te atender mal, por ter pedido a pizza primeiramente, que segundo a criatura, não tem. De forma alguma.

Dias depois você passa em frente a mesma pizzaria e o mesmo atendente passa gritando "Ei! porque não esperou a pizza? Bravo e coberto de razão. Como se você fosse o caloteiro que comeu a pizza e não pagou"

Sinceramente nem o ornitorrinco é mais estranho que o ser humano. E sinceramente o ornitorrinco nem precisa de analista. Isto é, sinceramente falando, é claro.

Antes que alguém pense que me refiro de uma pessoa ou evento, eu poderia citar vários eventos e pessoas.

Do que é composta a mente de um ser humano? Qual a engrenagem que saiu do lugar? Porque sinceramente nem quero pizza, muito menos de anchovas.

Eu bem que poderia dizer "Que um bando de ornitorrincos sanguinários avancem na sua garganta te bicando" mas sinceramente só tenho uma coisa a dizer. "Sigam seu caminho em paz e felizes, e nem precisa ser perto de mim"

Em contrapartida eu vou permanecer aqui tentando construir ornitorrincos andróides de alguma forma, eles são menos complicados que os seres humanos.

"Sorriam, evitem de buzinar no trânsito" é um conselho que serve para os mais diversos aspectos da vida quando se eleva isto a metáfora.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Memorabília


"É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há...

Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais
Não entendem
Mas você não entende seus pais...

Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?"

Apenas um trecho. Uma outra história. Outros retratos na parede elétrica de uma tela. E assim passam dias, seguem e singram o tempo velejantes que são das horas, de nossas areias, nosso tempo.

E eu lembro agora de toda essa memorabília. Contida em um simples retrato.

"Vamos pegar um taxi"

"Não, porque?"

"Porque eu sou um bêbado consciente"

É tem horas que eu não entendo, nem faz sentido, mas ja passou. Eu repito, passou. E talvez a turbulência abandone de vez os ecos de tempo criptografados aqui. O tempo é só uma engrenagem. Onde um tic tac dentre tantos, nem é notado.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fotografia



Por mais que eu realmente me esforce eu jamais vou entender o ser humano. Engraçado que certas fotografias que encontro na arqueologia digital de meus velhos backups empoeirados, palavras perdidas que me incomodam.

Engraçado, por mais que eu tente, eu sempre vou apenas conhecer o meu lado da moeda. E nem foi por má vontade minha. Mas até os mais pacientes se cansam um dia. Outras palavras se perdem na memória. Queria poder voltar no tempo e responder ao meu velho, responder ás ultimas palavras que ele disse antes do fechar da porta.

E o que eu responderia?

"Cara, você está errado"

Não é sobre pais, não é sobre família, é sobre tudo, sobretudo isso, palavras não ditas, cuja oportunidade de dize-las ja se perdeu no tempo. Nossas escolhas estão tão interligadas e você nem imagina, você ai , é voce mesmo estranho, lendo minhas letras.

Eu não conheço minha própria face, apenas uma imagem manchada no espelho. Engraçado.

"Cara, você está fodidamente errado".

Escolhas. É tudo a respeito disso. Eu não conheço minha face, mas eu reconheço as velhas fotos, fotografias de memórias. Tic. Tac. Tempo. E o cronômetro? Ele dispara.