domingo, 14 de junho de 2009

A Raposa e o Príncipe (Para aquelas pessoas especiais que todos conhecemos)

Pensando...
Estes dias andei refletindo muito sobre a importancia de certas pessoas na minha vida.Aquelas as quais eu considero especiais de verdade.E na minha postura para com elas, essas poucas.Tive conversas bacanas estes ultimos dias onde acabei descobrindo certas coisas sobre mim.Que eu ou não percebia, ou fingia nem perceber.
Eu bati muito esses ultimos tempos na tecla do "desapego".ÁS vezes eu acho que se apegar a alguém é uma forma de tirania de algumas das partes.Daquela série de neuroses da minha cabeça.
É engraçado pensar na importancia das pessoas e da falta que elas fazem.Uma pessoa muito especial para mim diria "Pablo, você dá poder demais as pessoas" em um sentido que apenas eu e ela entenderiamos de verdade.Pessoas especiais são poucas e unicas.
Eu consigo ser ainda pior que a raposa, no fundo no fundo...pois eu tenho ainda mais medo de perder minha liberdade.Medo ou seria pânico?Sou péssimo para ser cativado ou tentar cativar ou sequer para me sentir responsável por alguem que não eu mesmo.
E de que raposa eu estou falando?Leia o texto abaixo.
A Raposa e o Principe (Antoine de Saint-Exupèry)
E foi então que apareceu a raposa :

- Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu ? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! Desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou :

- Que quer dizer “cativar” ?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços”

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe :

- Por favor... Cativa-me! Disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me !

- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta a agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito ? Perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou à hora da partida, a raposa disse:
- Ah ! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda: Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o para vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... Repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
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Concluindo
Todos nós.Cada um de nós.Temos alguem especial em nossas vidas, amigos, parentes, amores o que quer que esse alguem represente para você.Creio que este texto da raposa resume um pouco isso.Sempre que lembramos desse alguem ou desses.Para aquelas pessoas especiais que todos conhecemos.Mesmo que eu não as conheça.Que o trigo seja sempre dourado como tesouro.
Há mais ouro e diamantes neste mundo por ai a fora, do que pessoas especiais de verdade, nem todo tesouro é pedra afinal.E cá estou eu pensando novamente nas lições que aprendi sobre o apego.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ah estes dias....^^

É engraçado pensar o tamanho do alivio que certas conversas podem trazer. Mesmo quando elas vem com bordoadas. O bom e velho ogro chamado Romulo.Tambem é bom ouvir a Marisa.Nessas horas eu vejo o quanto eu ainda tenho a aprender.
Mensagem da Gabi.Celular sem crédito para responder.
Fui parar na despedida de solteiro de um conhecido. Revi o Luiz, ele veio passar uns dias em Sampa. Reencontrei pessoas. Fui tomar uma cerveja com a Duna e com o Elfo, mais conversas esclarecedoras.
Vi pessoas. Conheci gente nova. Respirei. Conversei com o Michel, parece incrivel como nestes ultimos dias tantas pessoas queridas tenham me dito coisas e aberto meus olhos para fatos que nem eu enxergava antes.
"Pablo, você é o cara mais doido que eu conheço"Frase do Fred.
Fui fazer algo que eu não sabia se era inteligente ou estúpido. Um dia talvez eu descubra. É que na verdade eu detesto errar. Mas se eu tiver de errar que seja por ação e não por omissão. Cruzar os braços me incomoda. Nem todo mundo entende o quanto. Espero ter acertado nos chocolates.
Esbarrei com o Radha, que estava com pressa.Vi muita gente nestes dias.
"Quem tem a melhor visão do mar? O peixe ou o pescador?" e aqui fica meu muito obrigado ao Elfo. É , eu sou um filhodaputa orgulhoso que acho que consigo me virar sozinho. Creio que esta foi uma das conversas mais fantásticas dos ultimos tempos. É bom voltar a respirar. Pelo menos consegui entregar o desenho da raposa para ele, finalmente.
Foi bacana reencontrar a Lara mesmo que de passagem, ultimamente todo mundo anda correndo."The clock" não para.
Foram dias interessantes estes, e o final de semana parece bem promissor.Mais coisas divertidas a fazer, outras pessoas a ver e rever. Novas personagens para a historia surgem no horizonte ...
Estou melhor comigo mesmo e com o mundo.Por mais cheio de problemas que esteja."São 6 bilhões de problemas pelo menos. Todos importantes " segundo estimativas do elfo .
Minha vida para uma aventura de "dungeons and dragons"

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Enquanto isso no calabouço.

Eu não sei descrever se é dor o que sinto.Sinceramente algo ja esta quebrado faz anos.Nunca tantos fantasmas vieram me visitar sem hora marcada.
Jogos de cartas marcadas.
Se eu bater os grilhões contra a parede com toda força, sei que eles vão quebrar uma hora, mesmo que meus ossos quebrem antes.
Antes da hora.
A chuva la fora martela em conta-gotas.Algo esta revirando meu estomago.Detesto o ponteiro que gira sem pedir permissão para invadir meu território.To cansado de pensamentos.Eles podiam calar sua boca e me deixar em paz.Ir para algum lugar bem longe, não voltarem mais.
Eu preciso de cinco minutos de eutanásia.Mas só de mentirinha.E acordar respirando de novo.Falta de ar, agora.Certas situações são assim.To alucinando.Vendo coisas.A luz do fim do tunel poderia ser uma borboleta.Se não fosse aço e madeira e som incessante.
Eu to arrancando as pedras do calabouço.Cavando um silencioso tunel de escape.Mas meus fantasmas poderiam calar a boca, isso ajudaria bastante.To cansado.Mas eu não desistoSou o filho da puta mais persistente que você ainda não conheceu.Nem conhecerá.
To cansado de fantasmas eles poderiam simplesmente calar a boca e partir.Mas eu detesto o silêncio, mais do que tudo eu odeio com todas as forças o silêncio, talvez por isso eles recusem-se a partir.
A partir de agora é outra historia.
O tempo dança enquanto chove.Existe o chá das nove?Certos sonhos doem como navalhas.Velhas novelas esquecidas.Se não faz sentido para você ai?Porque continua lendo?Foda-se.Isso aqui é um calabouço.E eu vou cavar uma saida.Vai doer pois pedra contra carne é como papel versus tesoura.Mas ainda é melhor de três.Vocês vão ver, ou não vão ver.Vocês fantasmas.
Eu sempre me virei sozinho.Não seria agora que algo seria diferente.Eu tenho couro ao invés de pele.Eu tenho uma alma afiada.Tenho cascos com ilustres ferraduras lustradas.Eu sempre quis um pouco de paz de espirito, mas não vende no supermercado, nem no submarino ou mercado-livre."Deus me livre!"..."Deus, me livre de idiotas".Deus é só uma cerveja cara.
"Cara, Deus é só uma cerveja!"
Eu quero vomitar minha alma para fora e dar uma limpada nela.Deixar ela na chuva pegando um vento, fazendo a água correr.Ela pegaria pneumonia?
Fantasmas e calabouços e eu aqui alucinando um sonho revolto.Envolto em brumas com um certo amargor com toque de cacau.Se eu vomitasse minha alma, eu enxergaria melhor onde estão as feridas?Os fantasmas iriam embora, me deixariam em paz?To cansado.
Mas eu ja cavei uma saida do calabouço.E sinto a chuva como alcool em sangue velho e pisado.Aos poucos percorro o caminho pela pele e abro aquela chaga mal curada, sequelada, deixo o pus sair.Ja não sei se sinto dor.Apenas o torpor da chuva e seu som batendo na janela que se abre.E eu aqui cansado continuo ouvindo velhos fantasmas que insistem em não se calar.
Preciso de ferias da minha própria mente.Nada que cair na gandaia não resolva.Sempre haverá um amanhã, quer você esteja nele ou não.O amanhã independe de nós.Por isso eu vivo o hoje, embora o ontem muitas vezes me assombre nas noites escuras frias e chuvosas no calabouço.
Eu vou puxar esses goblins pelas orelhas quando eu encontra-los.minha cabeça gira.meus ossos rangem e o tempo contorce meus pensamentos.Eu jamais desisto de qualquer coisa sem lutar, sou péssimo na arte de jogar a toalha, por mais que eu sinta o sabor do meu sangue.Até os mais fortes se cansam um dia.Mas esse dia nem é hoje.Por mais que meus fantasmas insistam que o seja.
Persistir.Perseverar.Paciencia.
Muitas pessoas confundem meu autocontrole com indiferença.Algumas vezes por mais quese sinta a dor é preciso evitar fazer careta."Caminhe calmamente e dirija-se para a saida de incendio mais próxima".Mas nem sempre é assim.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Comunicado dos Goblins


"Nós Goblins,
Viemos por meio desta informar que o dono deste blog está devidamente sob carcere , traduzindo, preso nas masmorras do castelo.
Sem mais para o momento
Atenciosamente
Goblins"