quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sábios conselhos de José Cuervo


"O Senhor Jose Cuervo estava certo!"

Sentenciado com sal e limão. Constatação feita ao som do copo preenchido e as questões de "ele está meio cheio ou meio vazio" desaparecem simplesmente. Um brinde a todos os leitores. O tempo estala o vidro e segue em areia derramada pela ampulheta. Ela gira. Ele gira. Um gole de tequila. E o tempo segue solto, derramado a sua frente. Dançando sequencial e metódico.

Ele passa , quer você queira ou não.

A mente brinca. Ludica em ilusões de tempo seguindo desordenada como boa ouvinte. Delirante a mente escapa. Sintonizada a mente segue entre verdades e mentiras.

Todos os bons conselhos de José Cuervo, o tempo todo girando como ervilhas em tampinhas nas mãos do malandro. Questões. E se perguntar demais ás vezes faz bem, ás vezes faz mal. "Mais um pouco de tequila e sal e limão."

Dose. Outra dose. E o doce tempo, empurra outro copo no balcão do bar.

"José Cuervo é mais sábio, que confúcio".

"Confuso isso irmãos"



"Pergunte-se" Aconselha em uma conversa de canto de bar, naquela penumbra onde razão e sanidade são palavras esquecidas nos verbetes do dicionário da taverna. O nankin rabisca um velho desenho. "Ainda não são seis horas"

O tempo é um malandro a girar ervilhas. "Onde ela esta? Onde ela esta?" Façam suas apostas.
A sabedoria dos conselhos de Jose Cuervo. E eu aqui me perguntando enquanto espero novos velhos conselhos em gotas. Ou talvez isso fosse outro tempo. Um outro eu que espera. E daqui de onde estou consigo ver melhor o passado e simplesmente o presente, dançando em doses certeiras de tequila. Apenas conselhos. Repetidos três vezes até o tempo cair de bebado entrelaçado em sua própria insolita vazão.

Tequila. Agradável dama. Embora eu não a beba, faz tempo. Lembranças.

O tempo em algum lugar incerto, esperto, desperto. Desesperadamente a mente brinca com você leitor no espaço vitreo da dose de tequila, embora ela não exista de verdade, e tudo que os senhores e senhoras leiam aqui sejam luzes soltas na rede, nem letras sequer são.

Poema em prosa e paragrafos.

Tudo é ilusão. e para aquelas questões que nem a semiótica é capaz de responder. onde verbos, versos , simbolos, signos e significados se contorcem e desaparecem. Nesse estranho limiar onde a linguagem se autoconsome e do sólido sublima eterea em sua frente.

Cá está novamente o Senhor Jose Cuervo dando seus bons conselhos.

"Ei cara, manda girar a tampinha e tenta encontrar a maldita ervilha" O tempo é só um malandro, e nos meandros da sua própria mente a cada dia que passa você está mais e mais certo disso. "Será?" E tudo se resume sempre as escolhas. As minhas as suas e como elas se interligam.

"Um brinde para um bom amigo"

O problema de ouvir Jose Cuervo, é este, ele não sabe se é realmente um sábio. Muito menos você, então para que dar ouvidos a ele?

A repetição é proposital. Estrofe. Refrão. E na canção do tempo, em seu próprio coração. O próprio tempo esperaria os conselhos de Jose cuervo? Em uma encruzilhada onde todos são bons e velhos malandros, a se reencontrar. E a isso chamamos de Deja Vu. "Onde eu ja vi isso antes, e sei como acaba"

Um velho macaco.

Macaco velho.

Tempo.

Apenas um brinde. A todos. "Boa noite senhoras e senhores"

domingo, 17 de janeiro de 2010

Fichas de poker, gotas de chuva.


Do lado de fora a chuva vai batendo na janela e eu aqui com meus pensamentos em frente ao computador. Leitor, estou pensando em gotas e copos dágua.

Estou pensando em um turbilhão de coisas, ontem cheguei todo molhado de chuva em casa.

"Onde esta seu guarda-chuva?"

"Esqueci ele de novo"

Sinceramente nem me preocupei com a chuva, estava na cara que seria inevitável que ela caisse, que ela me encontrasse no meio do caminho e que eu chegaria em casa pingando. Causas e consequencias. Sequencias de idéias.

"Onde você estava ontem?"

Eu não me preocupo muito com o ontem. É com o hoje que eu devo me preocupar. "Será mesmo?" A vida não começa a partir de hoje, ela acontece, sequência, inconsequências, um jogo de dominó, embora eu preferisse poker, ao passado eu chamo de referência. Mas e ai? Terapia? Camisa de força? E coisas assim? Enfim é de mim que se trata. E dentro da minha cabeça eu dou risadas. Tão altas quanto os trovões das tempestades.

O tempo deveria te dar pelo menos três tentativas para a mesma cena, só para saber qual a consequência de cada uma delas e você escolher a que fosse melhor, sinceramente, tem horas que eu penso assim, você ai lendo nao precisa concordar comigo, mas é um ponto a se avaliar. Pelo menos eu acho valido.

Quando chove em você e a água fria vai escorrendo pelas suas idéias e você ali querendo não ser um ser por determinada fração de tempo só para poder entender o próprio "não-entender". Fez sentido? "Se fez sentido me explica". E assim de frases soltas no tempo o vento e a chuva vão martelando a janela. E meus olhos. E meu tempo. Tic tac. Sopro, gotas, pulso. Respiração.

E o tempo escorre no vidro, tatil e etéreo ao mesmo tempo, sinapses, vontades. Eu queria saber qual dos caminhos é o melhor. Não necessariamente para mim, mas para o conjunto, nenhuma escolha afeta isoladamente um individuo, apesar de meu egoismo achar que sim. Me dizer que só afeta a mim, eu sei no fundo que nem é bem verdade.

Interligados. Seus atos, meus atos e a isto chamamos de humanidade, mas o povo passa apressado em suas metrópoles individuais. E a chuva vai lavando a todos, levando a todos indistintos em seus caminhos.

"Eu queria três tentativas para a mesma cena" e descobrir qual delas não é uma cilada. As fichas vão sendo jogadas na mesa e cada um jura de pé junto ter o melhor jogo, alguns blefam, outros não. Mas a chuva la fora nem liga, ela faz seu papel de tempestade. Força da natureza. Indistinta. Nem boa nem má de verdade.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ponderações atrasadas das festas.


Ok, eu roubei essa imagem de algum outro blog ou fotolog ou sei la , nao coloquei créditos pois nem sei de quem é este desenho, mas ele resume perfeitamente a época de natal e ano novo... (Já falei para vocês leitores, que não sou muito fã das festas de final de ano?)

Engraçado , veio sorreteiramente chegando o ano novo e eu tive a brilhante idéia de ir rever pessoas que não se dão bem, em um lugar longe da civilização. Acho que só tive essa ideia muito Brilhante, por fazer muito tempo que não via certas pessoas interegindo socialmente e por breves instantes festivos eu ter esquecido desse detalhe peculiar.

Pior é ver fulana sendo grosseira com alguém que nunca viu na vida e ainda s achar coberta de razão. Acho que uma frase universalmente cabivel é "Meu, foda-se, não quero saber da sua opinião". Da série pensei , mas nao falei, por ainda em um esforço insano de manter a boa convivencia do referido dia festivo. No também referido lugar ermo.

"Eu quero ir embora daqui" Essa frase foi minha.

E recebo a seguinte resposta:

"Por que você nao pega carona por essa estrada esburacada, com aquele cara bêbado e chapado , afinal é ele quem estará ao volante, neste dia de chuva? Foda-se se ele bater a merda do carro e você se ferrar, eu preciso descansar e não to nem ai para esse lance natalino de sangue do mesmo sangue" . Da serie, a pessoa pensou mas nao falou...pelo menos nao com estas exatas palavras. Mas foi quase.


Nestas festas eu tentei fazer tudo certo e deu tudo errado hauhauahauh e de boas intenções o inferno está cheio afinal.

"Ei, o que você ainda está fazendo aqui? Não foi com o cara bebado de carona que eu gentilmente indiquei?". Nossa eu havia me esquecido como ela consegue ser uma pessoa adorável.

Famila ê

Familia A

Familia.