sexta-feira, 31 de julho de 2009

99 Luftballons de devaneios alcoolicos

Chegando da balada. Saibam todos. Me diverti. O som na pista estava superbacana. 99 Luft Ballons e eu nem pedi. Encontrei com a Flávia "Needle" por acaso. Bebi. Dancei. Ri. Voltei para casa, faz tempo que não vou numa quinta para algum lugar assim.

Nossa eu não havia me dado conta de quantos anos faz que eu conheci o Tchelo, um dos DJ da balada. E começamos a falar das fases de uma casa noturna da qual acompanhei de pertinho dos anos mais loucos aos mais pacatos da minha vida. E velhas histórias. E outras histórias.

Eu troco de assunto tá? Se voce veio ao meu blog saiba que ainda estou bêbado, e isto não é desculpa, é agravante hauhauahuah.

Deja vu, ás vezes leio coisas que ja me foram ditas antes e no fundo é tudo um padrão de comportamento. Eu ja vi, ja estive ali, da vontade de dizer "ei você ai, preste atenção nesta parte, pois ela se repete", e depois grifar ela e dar risada.

Uma vez li algo sobre fotos na internet, e como as pessoas se veem. Uma imagem pode dizer coisas sobre você. "Dizem os estudos". E lembrando disso eu ri. Tem pesquisas sobre tudo. E eu seria um chapéu antigo.

Ler coisas bebado na internet, pode ser engraçado, como aquela pessoa que assiste a novela e fala com a tv "la vem o bandido cuidado!" como se o personagem pudesse ouvi-lo, mas bem, isto é vida real , e eu sou gente de carne e sangue. Meus ossos nao sinto no momento e para falar a verdade ontem eu ja acordei estranho achando que eu estava morto, tateei a cama procurando meu corpo, ou o celular para acender e encontra-lo, o que acontecesse primeiro, mas era apenas um blecaute.

Ainda deve ser o alcool. Eu sempre achei que escrevo melhor bêbado, mas quando eu fico sóbrio eu duvido deverasmente disso. É me diverti, as risadas valeram, velhas lembranças, historias, velhas, novas.

E eu estou escrevendo tudo misturado mesmo, pois tocaram 99 luft ballons. Eu ja vi o filme antes, é um remake e sei como acaba e ja não é da balada este trecho. Risadas. Risadas. Risadas. Se as pessoas observassem algo que minha avó dizia "quem faz com Chico, faz com Francisco". Pois é eu deveria ter dado ouvidos a ela. Saudades da minha avó, faz quase um ano.

O tempo torce, se contorce se distorce. Um deja vu. "Ei você ai (Quem quer que seja este você, para mim é apenas um estranho, mais um dos tantos deste mundo)...psiuuu posso te contar que ja estive nesse lugar...para dizer que não é preciso muito para estar agora aqui no meu lugar" Loucura nonsense? Risadas Risadas Risadas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tarde demais

Podem me chamar de paranóico. Mas sabe quando você lê algo com cara de indireta? Que tem pinta de indireta? Cheira a indireta? E que você fica se coçando para perguntar se interpretou certo? Talvez seja apenas uma baita coincidencia. Pois é. Eu to me coçando aqui para perguntar, na verdade acho que por umas cinco vezes eu passei bem perto de fazer a pergunta, o maximo que eu poderia fazer é digitar e digitar pois eu to aqui sentado, só vendo a coisa piorar de camarote. Cadeira cativa. Primeira fileira.

Porque eu estou me perguntando se ainda é prudente, porque eu estou quase convicto de que não valha a pena. Cada pessoa tem seu parametro do que espera de um comportamento adulto. E sinceramente dentro dos meus´parametros eu ando muito decepcionado.

É engraçado, antes eu até teria algumas boas palavras a dizer. Talvez algo no meu psicológico querendo atenuar, ou até mesmo passar panos quentes onde não deve. Para tentar diminuir o estrago. Sabem aquela boa e velha esperança na humanidade? Então, aqueles cinco segundos onde você quer crer um monte de coisas boas. Mas eu sinceramente não vou mais me obrigar a isso. O que eu tinha de fazer eu fiz, os gestos de boa vontade ou mesmo de reconhecer certos erros foram tomados. Eu preciso aprender que o ser humano consegue se superar, tanto no melhor quanto no pior. Para algumas pessoas o tempo faz a poeira abaixar. Comigo certas coisas viram é fermento. Eu tento mudar, mas que se foda, eu não sou a madre Teresa. Eu tenho sangue e ele algumas vezes ferve, como hoje por exemplo.

Sinceramente eu detesto essa merda aqui, depois que inventaram a porra da internet as pessoas parecem que evitam cada vez mais o cara a cara. Um dia eu ainda aprendo a ficar quieto. Um dia ainda aprendo a não dizer o que penso. Um sorrisinho, tapinha nas costas. Se eu fosse assim tenho certeza que eu não teria me metido sequer em um terço das confusões. Nossa eu to fodidamente indignado. Estou cuspindo este texto aqui, para o caso tentar atenuar minha revolta, o que me lembra que eu devia ter comprado um saco de areia para estas ocasiões especiais.

domingo, 19 de julho de 2009

Mensagens na garrafa- Dia 23 de Julho online (Algumas palavras sobre Steampunk e o projeto )



Vapor. Magia. Ferro. Locomotivas. Eletricidade. Navios e um imenso mar a explorar. Eldorado pode estar perto ao alcance de seus olhos. Variáveis estranhas. Engenhocas. Risca. Rascunha. Escreve. Desenha. Bate uma engrenagem contra a outra.



Mensagens na garrafa- Uma historia de vapor, ferro e sangue.



Faz um certo tempo que eu mesmo tenho me incomodado com meus quadros. Duas conversas foram bem esclarecedoras e me fizeram perceber exatamente o que era, a primeira foi a Shantall com o jeitinho dela, me fazendo ver que eu deveria buscar meus próprios personagens no oleo. E assim nasceu o quadro do Seraphim com seus tres pares de asas, duas delas de andorinha.



Mas eu ainda nem havia me tocado. conversando com a Flavia Gasi sobre desenhos, eu estava com um album de fotos dos meus trabalhos, e ela foi me mostrando algo que eu havia esquecido. Estava eu tão preocupado em aprimorar a figura humana buscando a realidade na pintura e esqueci que eu não opero lá muito no real.



E mais conversando com a Flavia, percebi que meu elemento natural sempre foi o grafite e o nanquim, desde sempre eu desenho, e se eu pudesse apertar a mão de um cara por isso eu apertava a do Daniel Azulay, que despertou o gosto pelo desenho creio que em uma geração inteira que teve a oportunidade de assistir seus programas. (Shantall pega um autografo dele para mim quando vê-lo na rua)



Muitos dos meus conhecidos nem sabiam que eu desenhava, por eu em uma das minhas loucuras ter jogado quase todo meu trabalho fora e ficado dez anos longe do grafite e do nankin. Mas o ponto é, eu devorava quadrinhos, leitor assíduo da revista “chiclete com banana” e publicações nacionais do gênero. E também eu fazia quadrinhos, cartoons toscos é bem verdade, mas ali naquele ponto e foi o que a Flavia me fez perceber, não havia a interferência de um professor, apego ao realismo.



Estava prestes a lançar as historias de "Mensagens na garrafa", e o ponta pé inicial disso, eu vou guardar mais um pouco, apenas contos, outro elemento que sempre gostei, escrever. E foi conversando com a Flavia que tive a idéia de voltar aos quadrinhos.



Os contos para quem quiser acompanhar estarão disponíveis apenas aos meus contatos no multiply, provisoriamente, os quadrinhos daqui uns meses, pois pretendo fazer uns testes com eles, estou pesquisando, pois ele se passa no universo steampunk do cidade zero. Ou seja ambiente vitoriano, com magia e mecanismos a vapor, um retrô-futurista com sabor vintage, então a HQ vai demorar uns meses, mas ja comecei a rascunhar, pretendo lançar as primeiras paginas aqui na internet , onde ainda nao sei. Aceito sugestões.



Quero aproveitar e agradecer ao Cadu, um camarada meu que faz uns cartoons que eu adoro, e é com quem ando conversando bastante sobre o ambiente Steampunk. Será uma historia de piratas, aventura sim, mas principalmente drama, aqueles que quiserem acompanhar os textos por aqui irão perceber isso no tom da narrativa.



Outra coisa, a HQ e os contos somente partilharão o primeiro capitulo. De resto cada qual será focada em um determinado personagem. Seguindo um rumo diferente. Talvez apenas convergindo no final. Sei que vai dar trabalho, mas assim que é bacana.



Ja que pretendo me desvincular mais do compromisso de pintar a realidade, talvez quem ja viu meus quadros anteriores estranhe, mas essa sensação de estranheza é proposital, e para mim libertadora, eu nasci no cartoon, percebi que o que me incomodava, foi ter virado as costas para ele. Finalmente poderei unir coisas que adoro desenho, pintura e escrita. Espero que o resultado seja bacana. Eu pelo menos ando empolgado.



Coincidência ou não eu estava escrevendo sobre javalis quando o Alfredo "Fred" Pacheco, um excelente ilustrador, que foi o responsável pelo cartaz deste post, me mostrou ele já pronto, caiu como uma luva. Eu, pretendo que alguns amigos meus façam algum trabalho relativo a este meu projeto seja um cartaz, um roteiro. Alias falando no Fred, também gosto muito do trabalho dele com fadas e gnomos aquarelados, recomendo.



Ao meu irmão. Jogar videogames me fez bem, embora eu ainda perca para você nos jogos de luta. Espero que quando os quadrinhos sairem você reconheça e ria de certos personagens, mas do que qualquer outro leitor. E ja que me chama de Nerd, quero ver só quantas referências escondidas você será capaz de encontrar nos textos e nas imagens. Afinal eu sou uma berinjela mais esperto que você hauhauha.



Shantall, pois é ta vendo? Um dia eu ia acordar para um monte de coisas, até as cartas que não me forma entregues, tem um certo toque irônico de coincidência.



Patricia. Deixe seu celular ligado ou perto hauhauhauaha.



Aos amigos, cada um de vocês de certa forma serviu de inspiração para os textos, tanto que pode ser até mesmo que reconheçam algumas historias misturadas a diversos personagens, e não estranhem se notarem alguma familiaridade com vocês quando vier a HQ.



Aos demais leitores. Agora falando especificamente do "Mensagens na garrafa" estréia dia 23 o primeiro conto. Apenas aos meus contatos. Alguns restritos apenas aos amigos ou familiares, minha forma de testar a historia antes de mostrá-la ao publico em geral.



Estes contos, são sobre a tripulação de um navio pirata, acima das aventuras existe o drama dos personagens, haverá humor sim, mas vejo mais como uma aventura com drama do que qualquer outro gênero. Com diversas alusões momentos nonsense. Enfim aguardem e leiam.



O mundo onde se passa a aventura não é o nosso, embora guarde algumas familiaridades. Ele é integrante do universo paralelo chamado de Eyrion, criado para outro de meus textos, o de um rpg que pretendo antes que chegue o apocalipse concluir e lançar seja na net, sem nome ainda mas aqueles que o jogaram conhecem as palavras "Cidade zero" muito bem.



Se fosse para traçar um paralelo neste mundo com o nosso, é como se a aventura fosse em meados do século XVII. Mas com um clima vitoriano dando o tom, além de toques de convergência de diversas outras épocas do século XX ao futuristas nele. Ah sim e há os vikings e os astecas...goblins e kobolds e bom irão notar as diferenças cedo ou tarde.



A arquitetura é esmagadoramente vitoriana sem duvida alguma. Mas nem os continentes são os mesmos. Existe magia e tecnologia a vapor.Há bem mais água e mistérios neste mundo e perigos no mar. e quando alguém ler em algum ponto de seu mapa "Aqui há dragões" e melhor estar certo de ter os equipamentos necessários a bordo e um porto seguro a chegar.



Bom creio que já falei demais dia 23 de julho a primeira parte da historia estará aqui. A HQ começo do ano que vem, com um pouco de sorte a primeira pagina sai antes disso. De um modo ou de outro só posso dizer mais uma coisa antes de zarparmos."Honra e glória a todos os javalis". Até breve.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sobre patos de borracha a prova dágua e navios piratas.

Novos projetos. Tenho me dedicado a outras coisas e acabei abandonando este blog temporariamente espero. Faz tempo que nem eu mesmo passo por aqui.

Paginas sendo viradas de vez. Algumas vezes você faz escolhas. Outras pessoas fazem por você, e a isto caros leitores chamamos de livre-arbitrio. Ironico, como nossas escolhas se interligam. Mas aquilo que dependeu de mim eu tentei fazer.

Mas sempre ha uma nova história a ser lida. Escrita. Vivida. E quero deixar um agradecimento a Shantall. Uma mulher que também, da mesma forma que eu , escreve cartas e não as entrega. E que esses dias me deixou desconsertado. Feliz. Precisando arejar a cuca. Tudo isso de uma forma tão simples. Será possivel que eu estou sempre olhando para o lado errado?

E assim eu descobri artefatos, naquela sessão arqueologica emocional via Twitter, mas eu creio que a principal descoberta é de como os anos passam e certas pessoas permanecem com o mesmo encanto estranho de sempre, principalmente na micronação das vaquinhas de polainas. Um dia meus goblins talvez mandem um postal de lá.

E em algum ponto da jornada, continuo escrevendo sobre marujos, piratas e navios, fazendo novos desenhos. Ouvindo o som do mar digital e das horas em forma de pássaro-cuco. Girando e girando. Algumas pessoas tem um campo gravitacional único em seu universo. E em algum ponto devem existir diversas intersecções. E assim sendo o mundo torna-se pequeno ao alcance das mãos. Bem vindos a bordo Senhor Finnegans Tampão Cutler e Senhorita Lan Lan, "ainda não sei seu nome de pirata mas uma hora eu descubro". E tudo isso poderia ter sido numa inglaterra vitoriana, movida a vapor e magia. Venham para o multiply vocês dois.

Aos demais amigos, conhecidos e xeretas. meus goblins vão se despedindo por aqui, pois este blog ficou em um porto do qual decidi zarpar, por hora, pois eu sempre só posso falar pelo agora. E o agora nesta hora pode estar no "ainda é tempo" ou no "tarde demais".

E assim cada um de vocês de certa forma pegou a primeira "mensagem na garrafa".