quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre Eldorado

O sol ao toque dos dedos. O calor ao redor da alma. Asas de cera, seriam apenas mais devaneios de dias de verão.

Eldorado habita em algum ponto de um coração, perdida nas veredas esquecidas do tempo.

Os perseguidores do amanhã continuam em sua corrida louca por um alvorecer mais fresquinho que desaparece etéreo no horizonte. Pois cada amanhã é miragem. E eu aqui longe com meus pensamentos. Percorrendo estradas. Tempo. memorias.

Será que toda historia tem mesmo um final previsivel? Ou isso é apenas uma sensaçao que tem se apoderado de mim nos ultimos tempos?

Corre. Na pista. Corre. De búfalos. Corre. No trovão. Do disparo, que antecede a canção. Tempo tamborilando horas. Em fotografias soltas, as melhores delas ficaram gravadas em meus olhos, em algum ponto da mente. E sempre que fecho meus olhos, nestas ultimas tantas horas eu me faço perguntas e lembro de uma lua sorridente na praia.

"Nem toda historia é previsivel" frase solta como tantas outras. "E pensar que é, é um erro" talvez sejam as memórias que vão tomando vida propria, frases soltas, coladas em algum ponto do tempo.

Sei que em algum ponto existe Eldorado e não é da forma que eu espero, nem que você leitor espera. E talvez nem sequer seja de fato uma cidade. Alegorias. Metáforas. Brincadeiras de frases dançarinas.

Talvez um dia eu acenda um charuto com o Sol que reflete nas paredes de Eldorado, a minha bussola sempre foi quebrada. E eu tenho varias crises de cinco minutos, onde tudo pode mudar de uma hora para outra, como se surgisse um novo X no mapa.

Aqueles que me conhecem e pensam que me conhecem. Há ainda aqueles que simplesmente se acostumaram. As pessoas. e suas opiniões. Gente com mais certezas sobre mim, do que eu mesmo tenho, chega a ser engraçado. A vida é leve, e ela que me leve até Eldorado, eu vou fazer minha parte, dando as minhas passadas incertas, sobre meu próprio gelo fino, talvez o sol um dia o derreta por completo. E isso seria o final inesperado.


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